Um leilão rápido. Menos de uma hora. Assim a maior bacia do pré-sal brasileiro foi entregue para as mãos do capital privado internacional. A oferta para a União de 41,65% do óleo a ser produzido na bacia leiloada foi o percentual mínimo exigido. Uma bagatela!
Agora, a área de Libra que, em 10 anos, será o maior campo produtor do Brasil, está partilhado nas mãos de diversas empresas: a Petrobrás terá 40%; a Shell, anglo-holandesa, terá 20%; também terá 20% a francesa Total e 20% da empresa ficam com as chinesas CNPC e CNOOC ? 10% cada uma, que começam a entrar pesado no mercado brasileiro. Ou seja, 60% são do capital internacional, entre eles, o agressivo capital chinês.
A outra parte do capital estrangeiro, representado pelas empresas Shell e a Total, está nas mãos de duas grandes famílias: uma norte-americana, a Rockfeller, e outra europeia, a Rothschild, que são as duas famílias donas de quase todas as grandes petroleiras do mundo, inclusive das ações da Petrobrás que foram negociadas no exterior.
Diante disso, podemos observar que as petroleiras norte-americanas não se retiraram do leilão. Elas estão associadas às empresas que assumiram o controle do Campo de Libra. Os donos são os mesmos.
As petroleiras internacionais querem explorar imediatamente todo o pré-sal. Assim podem comercializá-lo no mercado internacional e lucrar muito com isso. Diante desse projeto, efetivamente a Petrobrás deixa de prestar serviços ao povo brasileiro para atender às demandas do capital privado no mercado internacional.
Por isso é necessário darmos continuidade a uma campanha nacional pela anulação do leilão da bacia de Libra e de todos os demais leilões. No dia 28 de novembro está marcado o 12º leilão de blocos exploratórios. Serão oferecidos 240 blocos. Destes, 30 são dos novos encontrados em Sergipe e 50 são de Alagoas. A luta contra a privatização do petróleo brasileiro continua.
Fonte: Sindipetro AL/SE