Petrobrás reage à greve com repressão e ações judiciais

Trabalhadores de seis bases petroleiras realizaram entre os dias 16 e 18 de novembro uma greve por tempo indeterminado. A mobilização envolveu os sindipetros da Bahia, Litoral Paulista, Alagoas e Sergipe, Rio de Janeiro, São José dos Campos e Pará, Amazonas, Maranhã e Amapá. Em solidariedade, Rio Grande do Norte, Ceará e Campinas votaram atrasos na entrada. No Norte Fluminense, o Sindicato chegou a anunciar greve a partir do dia 21.

Esta ampla movimentação não passou impune pela Petrobrás, que desde então passou a atacar frontalmente os trabalhadores. O caso mais emblemático do ataque desferido pela companhia contra os trabalhadores, que inclui ações na Justiça como Interdito Proibitório, foi no Terminal de Cabiúnas, onde a companhia ocupou as instalações com guarda armada escoltando os pelegos que assumiriam as operações através do grupo de contingência. Os trabalhadores foram retirados como se fossem criminosos e a rádio do sindicato foi bloqueada.

Nas plataformas, as equipes de contingência subiram mais numerosas e com a presença de chefes. Em várias plataformas, essas equipes de pelegos ameaçaram abertamente os trabalhadores. Na Bahia, houve confronto com a polícia e casos de cárcere privado. O mesmo ocorreu no Litoral Paulista, onde 18 trabalhadores do Tebar e UTGCA ficaram confinados por mais de 24 horas. Mesmo assim, a Petrobrás diz ?respeitar a Lei de Greve?.

Diante desse cinismo e truculência, torna-se ainda maior a necessidade de construir uma forte greve nacional unificada para barrar os ataques da empresa e arrancar uma nova contraproposta. A FUP anuncia a reunião com o presidente Gabrielli para tentar ?acabar com o impasse criado pela Petrobrás nas negociações?.

Entretanto, a empresa já demonstrou reiteradas vezes, com o aval do seu presidente, que não avançará na mesa de negociação. Somando-se aos sindipetros da FNP e do RJ, os petroleiros da Bahia e do Norte Fluminense anunciaram que vão à greve. Dessa forma, reafirmam o chamado às demais bases para uma GREVE NACIONAL UNIFICADA.

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