Nesta sexta-feira (29/11), o Sindipetro-RJ e ativistas dos movimentos sociais, realizaram um escracho em praça pública no Rio de Janeiro contra discriminações aos aposentados e contra o leilão de petróleo
O protesto foi em defesa dos petroleiros aposentados, pensionistas e anistiados da Petrobrás, que, segundo denúncia dos dirigentes do Sindipetro-RJ, estão sendo discriminados pela empresa nos sucessivos Acordos Coletivos de Trabalhos (ACT).
O ato, que foi na esquina da rua São José com a Avenida Rio Branco, Centro do Rio, ganhou um tempero a mais, pois se realizou nesta sexta-feira (ou na ?Black Friday?, segundo o mercado no Brasil – uma cópia do que é realizado nos Estados Unidos). Os diversos discursos destacaram que o Governo Dilma realizou um Black Friday (ou liquidação) com as nossas áreas exploratórias no 12º Leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que foi concluído nesta sexta-feira com a concessão de áreas exploratórias de gás de xisto, de alto potencial de contaminação ao meio ambiente, à saúde humana e animal.
Os ativistas distribuíram um manifesto com várias denúncias contra a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster; da diretora da ANP, Magda Chambriard; e incisivas críticas à presidente Dilma Rousseff, que foi acusada de ser uma fraude eleitoral, uma vez que fez o 1º Leilão do Pré-sal, quando em plena eleições de 2010 dizia que leiloar o pré-sal ?é crime? contra o país. Agora, Dilma fez o 12º Leilão de Petróleo, muito criticado pelos riscos ao meio ambiente com a utilização da técnica de fracking (fratura de rochas).
O diretor do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, em seu discurso informou ao público que vários escrachos serão realizados todas sexta-feira, em diversas praças públicas, no Rio de Janeiro. Os escrachos têm como objetivo denunciar as discriminações praticadas pela Petrobrás contra os aposentados, pensionistas e anistiados. Tal prática da empresa perdura por 17 anos, sublinhou Cancella. Os escrachos têm ainda em pauta denúncias contra o processo de privatização do Governo Dilma.
O petroleiro anistiado político e diretor do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano, leu para o público o manifesto, e que foi distribuído para a população. Ele disse que ?o leilão de Libra foi um crime contra o Brasil. Entregamos no leilão da ANP um campo que tem capacidade de produzir cerca de 15 bilhões de barris de petróleo, e que vale cerca de US$ 15 trilhões. No leilão da ANP, Libra foi vendido ao correspondente a um dólar por barril?.
O diretor do Sindipetro-RJ, Edison Munhoz, destacou que esses leilões de petróleo, as privatizações, entre outras medidas, são práticas que visam atender à máquina do capitalismo contemporâneo, que espalha miséria e sofrimento pelo mundo. Lembrou de lideranças, como Leonel Brizola, que destacavam que o Brasil, infelizmente, tem tido uma política do ?toma lá dá cá? com o nosso patrimônio público. Ele disse que o leilão de xisto, concluído nesta sexta-feira, é um crime contra a vida humana e o meio ambiente.
Para a diretora do Sindipetro-RJ, Fabíola Mônica, o leilão do gás de xisto ?é contra a vida e meio ambiente?, pois as reservas desse tipo de gás estão abaixo dos aquíferos, e destacou o Guarani.
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