Na época em que ocorreu o trágico vazamento de petróleo e gás nos Estados Unidos, no Golfo do México, a FNP e seus sindicatos alertaram para o fato de que as grandes multinacionais do petróleo visam somente o lucro, por isso, o risco de novas catástrofes era iminente.
O vazamento na Bacia de Campos, provocado pela multinacional Chevron, que perfurou além do permitido e subestimou pressão no reservatório, mostra que o prognóstico estava, infelizmente, correto.
Este é o resultado da política de privatização e entrega do petróleo brasileiro ao estrangeiro. A continuidade dos leilões permitirá que novos acidentes ocorram no país sem qualquer punição prática.
Além disso, mesmo na Petrobrás não existem planos de contingência e nem tecnologia para o atendimento de emergências a grandes profundidades. A política de SMS da companhia é insuficiente para dar segurança aos trabalhadores e, muito menos, para garantir a segurança de operações tão complexas, como as executadas na camada do pré-sal.
Para não ter acidentes desse porte é necessário evitar a exploração de petróleo em ecossistemas considerados sensíveis. Se isso não for possível, o cuidado deve ser bem maior e isso somente poderá ser feito por uma empresa estatal, que não vise o lucro.
Por isso, é fundamental a retomada do Monopólio Estatal do Petróleo e que a Petrobrás se torne 100% estatal. Somente o povo brasileiro e os trabalhadores poderão extrair este combustível controlado de acordo com sua necessi
dade e de maneira segura.