Os petroleiros do Rio de Janeiro promoveram nesta tarde de sexta, na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro, o enterro simbólico da presidenta Dilma Rousseff e da presidente da Petrobrás Maria das Graças Foster. O objetivo é mostrar para a população que morreu qualquer expectativa com o Governo Federal em relação ao controle popular sobre os recursos naturais, em especial os hidrocarbonetos.
Os movimentos sociais denunciam a privatização do petróleo, em especial, o leilão do campo de Libra, na área do pré-sal, realizados por Dilma. A atividade é uma iniciativa do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e da Federação Nacional dos Petroleiros.
Caixões de madeira, cabideiras velando Dilma e Graças e panfletos explicando a indignação com a entrega do nosso petróleo foram usados no velório em praça pública. A denúncia chegou a muitos cariocas que passavam pela Praça XV e passageiros das barcas que aguardavam para fazer a travessia até Niterói. Além de protestar contra a privatização do petróleo, o ato também questionava os a injustiça cometida contra os aposentados e anistiados da Petrobrás pela direção da empresa.
– Foram os aposentados e anistiados da Petrobrás que tornaram a companhia a referência mundial no setor petróleo. Hoje são discriminados pela direção da empresa. Isso precisa mudar. Assim como também estamos na rua para mudar a geopolítica do petróleo. A Dilma mentiu na campanha. Mesmo com toda a mobilização popular, preferiu fazer o jogo das multinacionais e leiloou nosso pré-sal. Semana passada, liberou o Xisto colocando em risco o meio ambiente, em especial, nossos aquíferos. Por tudo isso, estamos promovendo esse escracho e enterrando qualquer esperança que pudéssemos ter nesse governo. Vamos seguir na pressão para forçar avanços concretos para os trabalhadores da Petrobrás e barrar a entrega do petróleo nacional – explica Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ e coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros.
O Sindipetro-RJ avisa que os escrachos continuarão todas as sextas-feiras, sempre em praças e lagradouros públicos diferentes e com grande circulação de pessoas.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias