Escracho petroleiro "invade" praia de Copa

Manifestação denuncia com criatividade e irreverência as injustiças com trabalhadores da Petrobrás e a privatização do petróleo brasileiro

No clima do verão carioca, o primeiro escracho petroleiro de 2014 aconteceu na praia de Copacabana, nesta sexta (10). O Sindipetro-RJ e a Federação Nacional dos Petroleiros levaram para o calçadão mais tradicional do Rio de Janeiro a denúncia das injustiças cometidas com os trabalhadores aposentados e anistiados da Petrobrás e o combate à criminosa

privatização do petróleo brasileiro. A presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e Maria das Graças Foster, presidente da Petrobrás, são considerados os principais responsáveis pela manutenção desse estado de coisas e ganharam caricaturas em bonecos de isopor. Panfleto distribuído também denunciava as relações promíscuas entre o Governo Federal e o mega-empresário em declínio Eike Batista, além dos casos de suspeita de favorecimento ilícito ao marido de Foster dentro da Petrobrás.

Esse escracho também teve uma motivação especial: pressionar por avanços na reunião desta segunda, 13 de janeiro, da comissão criada pela Petrobrás para estudar a situação dos aposentados.

– Só com mobilização e luta conseguiremos reverter essa política excludente da Petrobrás que ignora toda a importância dos trabalhadores aposentados para a consolidação da estatal petroleira do Brasil como referência mundial no setor. E também não iremos nos calar diante da privatização do nosso ouro negro. O petróleo precisa ser utilizado para resolver os graves problemas do povo brasileiro e não para aumentar os lucros das multinacionais – alerta Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ e da FNP.

Os ?escrachos? ocorrem todas as sextas-feiras, desde 25 de outubro do ano passado. Os atos de protesto têm como objetivo chamar a atenção da opinião pública para denúncias importantes da categoria e tirar do conforto políticos e administradores da Petrobras que anunciam em rede nacional uma política de responsabilidade social da estatal que na verdade não existe. As direções do Sindipetro-RJ e da FNP prometem continuar com as manifestações.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

Fotos: Samuel Tosta / Agência Petroleira de Notícias

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