?Rolezinho? no Edise marca 2º protesto da FNP contra condução do GT de aposentados

A onda de rolezinhos que tem se alastrado rapidamente por shoppings de todo o país parece ter chegado às dependências da Petrobrás. Na última quarta-feira, 29 de janeiro, aposentados e pensionistas protestaram pelo segundo dia consecutivo no saguão do Edise-RJ.

O alvo do ato, organizado pela FNP, é o GT (Grupo de Trabalho) criado por Graça Foster para responder às reivindicações deste importante setor da categoria. Na avaliação dos dirigentes, os representantes da empresa não responderam às principais demandas apresentadas, se reduzindo a apresentar um relatório técnico e evasivo (leia mais).

A ocupação, após pouco mais de uma hora, se transformou em uma espécie de rolezinho quando os aposentados e pensionistas presentes circularam pelo saguão do prédio para denunciar as inúmeras injustiças cometidas pela companhia.

Se nas ruas os rolezinhos causaram o assombro da classe média e o ódio da elite brasileira, que viram um dos seus principais paraísos de consumo ?invadidos? por jovens pobres e negros sem acesso a lazer, nos corredores da Petrobrás a reação da empresa também não foi das melhores.

Alguns aposentados e pensionistas foram, inicialmente, impedidos de entrar na empresa que ajudaram a construir e, logo em seguida, o 7º andar inteiro do prédio foi bloqueado! A direção da companhia parece ter ficado com medo do que os responsáveis por construir a Petrobrás poderiam fazer.

Nos shoppings, os rolezinhos demonstraram que a discriminação e a segregação de uma sociedade injusta e dividida em classes continuam em alta. Na Petrobrás, os atos realizados nas últimas terça e quarta-feira, no Edise, também demonstraram, na prática, que a discriminação aos aposentados e pensionistas é uma triste realidade, derrubando por terra a falácia de responsabilidade social da companhia.

Há mais de 17 anos esses companheiros sofrem com a política salarial da empresa, que arrocha os salários dos aposentados e pensionistas, impondo há quase duas décadas aumento real zero. Enquanto isso, ela segue mascarando a desvalorização que a ativa também sofre por meio das remunerações variáveis como abonos, PLR e RMNR.

Até que a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, receba a FNP para rediscutir a condução do GT e ouvir dos dirigentes as reivindicações, novos atos serão realizados.

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