Os aeroportos são áreas de cunho altamente estratégico, pois são partes do território Nacional, que podem tornar o País vulnerável a invasões estrangeiras. Um exemplo disto, foi a invasão da Tchecoeslováquia, que se deu através da tomada do aeroporto de Praga. Uma vez dominado o aeroporto, o desembarque de tropas e equipamentos bélicos se tornou fácil. E assim o país foi conquistado rapidamente.
O Brasil tem que manter estatais os aeroportos que devem ser administrados por civis e sob proteção da Aeronáutica, de forma a dissuadir qualquer tentativa de tomada do País através deles.
Esta preocupação tem amplo sentido com a descoberta do pré-sal. O Brasil com suas reservas provadas de petróleo transformou-se em um Iraque na América Latina. Os países desenvolvidos, principalmente os EUA, de forma irracional e até irresponsável calcaram, o seu desenvolvimento no petróleo, sem ter reservas. Hoje estão numa enorme insegurança energética.
Quando o pré-sal foi descoberto, a primeira providência do presidente americano, George Bush, foi reativar a 4ª frota naval. Alegou que era para proteger o Atlântico Sul. Ora, no Atlântico Sul estão somente Brasil e Argentina. Como a Argentina já desnacionalizou o seu petróleo, a reativação da 4ª frota se destinou a ?proteger? o pré-sal. Além disto, a invasão do Iraque, do Afeganistão, da Líbia nos dão uma mensagem muito forte. Têm tudo a ver com as suas reservas de petróleo.
Portanto, a bem da segurança das nossas riquezas do petróleo, da biodiversidade que existe mormente na Amazônia Verde, das riquezas da Amazônia Azul e em outras áreas detentoras de minerais nobres e estratégicos, temos que, não só proteger os nossos aeroportos como área de segurança nacional, como também reaparelhar urgentemente as nossas forças armadas.
O pré-sal é uma riqueza da ordem de US$ 20 trilhões, sendo apenas umas das nossas riquezas estratégicas. Assim, gastar US$ 10 bilhões com a equipagem e adequação das nossas forças armadas para defender essas riquezas, é uma estratégia mais do que urgente e absolutamente necessária e prioritária.
Melhorar a gestão e ocupar os aeroportos como áreas de segurança nacional e suspender as suas privatizações é outra prioridade irrefutável. Poucos são os aeroportos lucrativos e estes mantêm os não lucrativos. Evidentemente que os privativistas só querem o filé mignon. E quem sustentará os demais?
Convocamos todos os brasileiros, estudantes, trabalhadores, intelectuais, civis e militares, enfim todas as forças vivas do Brasil, para lutarem contra a privatização dos nossos aeroportos porque são áreas de soberania nacional e soberania não se negocia.
Não existe pátria sem patrimônio!
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO MOVIMENTO MONTEIRO LOBATO