Acidentes viram rotina e assustam trabalhadores de Urucu (AM)

Os acidentes nas unidades da Petrobrás são uma infeliz realidade. Na última sexta-feira, 09, mais dois companheiros se acidentaram na BOPGM/UO-AM, na unidade petrolífera de Urucu (AM). O técnico de operações Alcides Carrafa sofreu queimaduras de 2º grau na perna enquanto realizava uma operação de make-up de fluido térmico na UPGN I. Devido à ausência de bomba para a operação, o operador instalou uma bomba de outra área (U-1221).

Ao perceber que ocorria retorno do produto do vaso, a bomba foi parada e ocorreu o desprendimento da mangueira, que espirrou fluido térmico com uma temperatura aproximada de 200°C no operador. Uma das principais causas do acidente foi o fato de, no momento, não existir instalação adequada de linha para descarga da bomba de make-up, a qual foi retirada sem qualquer explicação aos trabalhadores, e, apesar de haver solicitação para instalação desde o dia 01 de abril deste ano, ainda não havia sido instalada.

O outro acidente envolveu o terceirizado da Tomiase, Vanderson Dores do Nascimento, que torceu o pé no porto Urucu, por conta do piso irregular e com buracos da unidade.

Outros dois acidentes já haviam acontecido nos dias 22 de março e 03 de abril, nas sondas JP 32 e JP 25, respectivamente, da empresa Braserve, responsável pela perfuração em Urucu, quando uma peça diamantada de ferro, conhecida como ?catarina?, que compõe a sonda de perfuração despencou e por sorte não atingiu os petroleiros que estavam em operação. Os episódios foram abafados pelas gerências de Urucu (AM) e uma Comissão de Apuração de Acidentes se formou sem que o Sindipetro fosse avisado.

Os acidentes expressam a grande insegurança sob a qual os petroleiros estão submetidos no dia-a-dia de suas atividades. As gerências e a direção da companhia ignoram as insistentes denúncias feitas pelo Sindipetro PA/AM/MA/AP e pela FNP em diversas ocasiões em que o tema é debatido. Em vez de buscar uma solução que resolva de vez os problemas de precariedade e insegurança das unidades da companhia, a Petrobrás segue com o famigerado PROCOP, que tem como objetivo cortar gastos a qualquer custo, mesmo que isso signifique arriscar a vida dos trabalhadores, estimular as ?gambiarras? e piorar ainda mais suas condições de trabalho.

Contra essa política nefasta à categoria, o Sindipetro PA/AM/MA/AP reúne na manhã desta quarta-feira, 14, com o gerente geral da UO-AM, para cobrar soluções e denunciar a tentativa de boicote ao Sindipetro nas comissões de apuração. Seguiremos denunciando e mobilizando os trabalhadores, CHEGA DE ACIDENTES!

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