Restrição de acesso à Regap/MG; tratamento e condições desiguais na REFAP/RS
REGAP
Os representantes do Sindipetro/SJC, José Ademir, e do Sindipetro-AL/SE, Stoessel (Toeta), ambos diretores da Federação Nacional dos Petroleiros, foram impedidos de acessar as dependências da Regap durante a eleição do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais.
O ocorrido traz prejuízo à representação sindical e à Federação Nacional dos Petroleiros, que é realidade no movimento sindical petroleiro e se opõe à política dos entreguistas em conluio com a empresa.
Uma decisão unilateral do RH comunicada à Comissão Eleitoral não permitiu a entrada dos representantes da FNP. A segurança patrimonial nos informou que deveríamos entrar para almoçar e só, dando a impressão que o nosso problema era falta de alimentação.
E se fosse determinação da Comissão Eleitoral, não caberia nunca à empresa se submeter a essa situação, impedindo o acesso de representantes da FNP. Pior: mesmo que impedisse o acesso de membros da federação governista, isso seria inócuo uma vez que toda a diretoria da Chapa 1 estava liberada, mas os componentes da Chapa 2 não.
O receio claro da refinaria fora de minimizar o contato dos diretores da Federação Nacional dos Petroleiros com os trabalhadores daquela base, pois a FNP se contrapõe a política entreguista da outra federação em conluio com a empresa. É uma clara parcial idade no processo em detrimento das oposições de luta.
REFAP
No Rio Grande do Sul, membros da Chapa 2, apoiados pela FNP, foram proibidos de entregar boletim nos ônibus do administrativo em dia de campanha, o que não ocorreu com os governistas membros da Chapa 1.
A Chapa 2 também foi proibida de fazer campanhas nas áreas, sendo liberado apenas no último dia, enquanto a Chapa 1 teve acesso livre à área, bem como mala direta no lótus notes de todos. Com isso, houve campanha digital em equipamento da empresa, configurando claro privilégio aos governistas entreguistas. Lamentamos o conluio da empresa com as chapas governistas e entreguistas.
Agradecemos a todos que participaram dos processos eleitorais. Os trabalhadores, infelizmente, constatarão que esse conluio endossa a perda de direitos, o que já é sustentado por fatos:
– Não foi a FNP que indicou a aceitação do PCAC que não atendeu a categoria;
– Não foi a FNP que indicou a aceitação da repactuação, que retirou direitos dos antigos e novos empregados da empresa, direito que era contratual;
– Não foi a FNP que apoiou a criação da tabela congelada, que retirou direito dos trabalhadores aposentados que não repactuaram e discriminou parte da categoria.
Mais uma pérola: a PLR futura proposta pela Petrobras foi apresentada e aprovada em termos diferentes do que se discutia com a FNP e a própria FUP. Mesmo assim, a outra federação indicou a aceitação como se fosse a oitava maravilha do mundo. Estas são algumas das diferenças entre quem luta e quem compactua com a direção da empresa e do governo. Por fim, eles não enganarão por todo o tempo.
Fica registrado o nosso repúdio a estas decisões, pois na base do Rio de Janeiro a entrada era livre. Na base de São José dos Campos, nas últimas eleições, havia controle, mas nunca restrição.
Fonte: Imprensa Sindipetro-SJC