MTE aponta irregularidade no carregamento de C5+ da UTGCA para a REVAP

Ontem, 26, o Sindipetro/SJC esteve na Revap junto com uma comitiva do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), MPT (Ministério Público do Trabalho), pesquisadores da USP e CEREST de Campinas para inspeção inicial e conhecer os locais de trabalho a que os trabalhadores estão expostos, conforme denúncias do Sindicato.

A princípio, a comitiva se dirigiu ao setor de recebimento de C5+, onde haviam diversas irregularidades, a começar pela gestão do ?site?, que ninguém sabia explicar. Além disso, caminhões transportando C5+ da UTGCA para a REVAP, produto com altíssima concentração de benzeno, foram flagrados sem identificação da empresa responsável, contendo apenas os números da ONU que não descreviam realmente o tipo de produto transportado.

A nota de carregamento descrevia gasolina Premium, o que é outro absurdo constatado pelo auditor. O mais grave das irregularidades era a informação de que a empresa gestora do local não está devidamente cadastrada no MTE para trabalhar com este tipo de produto. Os empregados também não apresentam os devidos treinamentos listados em lei como requisito para esta atividade. Ainda havia trabalhadores que nunca receberam treinamento sobre benzeno.

Diante tantas irregularidades, o auditor mandou paralisar as atividades até que sejam regularizadas as pendências.

A empresa tentou apresentar respostas a todos os questionamentos. Os representantes do setor de HO (Higiene ocupacional) tentaram acordos ?fora da lei? com o ?representante da lei?, alegando que os empregados do local eram assistidos quanto à saúde e treinados, apesar deles já terem dito in loco que não eram.

Última hora
A companhia, em descumprimento à ordem e à lei, continua carregando C5+ e enviando para a empresa AGEO, em Santos, com os mesmos transportes irregulares apontados pelo auditor.

Para avaliar as consequências de tantas irregularidades na saúde da força de trabalho, foi requisitada à empresa, em um prazo de 10 dias, a série histórica de hemogramas dos trabalhadores. Isso porque o Setor de saúde alegou que o levantamento destes dados é demorado. Após esta perícia inicial, os auditores fiscais comunicaram à gerência da refinaria que, possivelmente, seriam visitadas as áreas de SMS, TE e OT/DP.

O que podemos esperar? Trabalhadores estão sendo desnecessariamente expostos, a lei está sendo descumprida e há gerente que se atreve a dizer que o trabalho lá é sério!

Fonte: Imprensa Sindipetro SJC

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