Em ofício, Petrobrás "revê posição" sobre compensação na Copa. Para a FNP, é insuficiente

Após cobrança da FNP, realizada por meio de ofício no último dia 23 de maio, o RH Corporativo da Petrobrás enviou na última quarta-feira ofício no qual afirma que ?reviu seu posicionamento? sobre a compensação forçada nos dias de jogos da seleção na Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho.

Nele, a empresa esclarece que ?os empregados, lotados em prédios administrativos localizados fora das unidades operacionais, que não quiserem ser liberados mediante compensação, poderão continuar trabalhando normalmente dentro de sua jornada ou regime? e que ?para os empregados do regime administrativo lotados em unidades operacionais, a liberação mediante compensação ou a permanência no local de trabalho ficará a critério da unidade…?.

A resposta da empresa é insuficiente, pois mantém com uma nova roupagem uma lógica punitiva. Isso sem citar o fato de que a FNP reivindicou uma reunião para discutir o assunto e não apenas uma resposta formal; a empresa se contentou em enviar um ofício, impedindo assim qualquer debate real sobre o tema.

A verdade é que muitos ignoram a Copa do Mundo e aceitam sem grandes problemas a compensação, mas não é a totalidade da categoria. Outros, por exemplo, desejam assistir aos jogos da seleção, mas não caso isso signifique a necessidade de compensação. Com isso, cria-se um clima de insatisfação porque até agora nenhuma das “alternativas” colocadas pela empresa satisfazem, de fato, os trabalhadores.

Soma-se ainda o fato de nada disso se aplicará aos empregados que possuem ?cargo de confiança?, que integram aquele contingente de empregados liberados do cartão de ponto. E o trabalhador, obrigado a compensar ou a perder o jogo, sabe disso. Importante lembrar ainda que haverá feriado municipal nas cidades-sede que receberem jogos da seleção. Diante disso, qual decisão a empresa deveria tomar para gerar menos conflitos? para nós, não há dúvidas: a liberação sem compensação. É isso o que a FNP cobra da empresa que se orgulha, formalmente, dos seus empregados e que diz valorizar cada petroleiro que ajuda a construir a Petrobrás todos os dias.

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