Após atrasos com corte de rendição do grupo das 7h00 de ontem (7/7) o Sindipetro SJC, se reuniu hoje com o RH da Revap. O intuito dessa negociação foi discutir excesso de dobras, falta de treinamentos dos trabalhadores, efetivo e sistema de punição, velhos problemas conhecidos da categoria.
Além disso, o sindicato propôs um espaço para sala de descanso e criação de metodologia para análise de acidentes e incidentes, cujo o método utilizado atualmente é o API, que é questionado pela USP.
Os dirigentes da estatal se prontificaram a atender todas as demandas pleiteadas pelo dirigentes do Sindipetro, inclusive aumento do número de referência e quadro mínimo dos trabalhadores. Diante disso, o Sindipetro SJC levará ao conhecimento da categoria o que foi referendado para ser votada a suspensão ou não do movimento. è importante salientar que, se caso, o RH da Revap não cumpra o que foi proposto os cortes de rendição voltarão a ser feitos.
Punição
No último dia 24 de junho um trabalhador do PR/CQ (Coque) foi suspenso por três dias (24, 25 e 26), por ter agido, segundo relatório do GG da unidade, ?de forma que desvirtuou e influiu negativamente na prática das adequadas relações de trabalho ou no bom andamento do serviço? e por não ter ?cumprido com máximo empenho, qualidade técnica e assiduidade as suas obrigações, (não) aproveitando as oportunidades de capacitação permanente, (não) avaliando-se sistematicamente e (não ter) aprendido com seus erros ou de outrem?.
Além disso, a companhia considerou que é “de fundamental importância que sejam cultivados valores que favoreçam as práticas de adequadas relações de trabalho COM foco na obtenção de resultados e na excelência.?
SA partir dessa punição, que foi feita de forma arbitrária, o Sindicato entendeu que a situação na unidade estava insustentável e realizou uma rodada de assembleias para deliberar junto a categoria sobre o movimento que aconteceu desde ontem (7/7). O Sindipetro SJC entende que toda e qualquer punição tem que ter um amplo processo de análise e participação dos representantes dos trabalhadores, e com isso um direito a resposta e ampla defesa dos punidos. Na mesa de negociação o RH se prontificou a notificar a entidade sobre qualquer punição e assim a situação poderá ser defendida e revertida.
Após a reunião a punição aplicada ao petroleiro foi revertida, transformando-se em uma advertência por escrito. Isso demonstra, mais uma vez, o papel fundamental da entidade sindical diante das irregularidades cometidas pela Petrobrás.