Nova revolução exige queda de militares no Egito

Uma multidão de manifestantes tem lotado a Praça Tahrir, do Cairo, para exigir a saída da junta militar que governa o Egito há nove meses, desde a queda do ditador Hosni Mubarak.

Nesta terça-feira, novos protestos estão sendo realizados, mesmo após a informação de que o gabinete interino do país (governo de fachada dos militares) havia entregue um pedido formal de renúncia.

Na chamada ?Segunda Revolução?, os egípcios querem a saída dos militares, que, na repressão às manifestações, revelam-se tão sanguinários quanto o ditador deposto.

A repressão começou já no dia seguinte à manifestação de 18 de novembro, com centenas de soldados e policiais. Duas pessoas teriam morrido nos enfrentamentos pelo controle da Praça Tahrir. Assim como na ditadura Mubarak, a repressão empreendida pelo governo só reforçou os protestos. Nas horas seguintes, milhares de jovens se encaminhavam à praça para enfrentar as forças de segurança.

Uma verdadeira batalha campal ocorreu pelo controle da praça. Segundo números da imprensa internacional, pelo menos 33 pessoas já morreram nos conflitos, enquanto quase 2 mil estavam feridas.

O povo egípcio, com os jovens à frente, estão mostrando que não vai se intimidar com a dura repressão da junta militar, que rapidamente vai se desgastando junto à população na medida em que revela seu verdadeiro papel.

?As pessoas se sentem enganadas, e que eles mudaram de uma autocracia para uma ditadura militar?, afirmou à rede CNN o ativista Mosa?ab Elshamy. ?O conselho militar é lixo. Mubarak ainda está vivo e bem, e as pessoas estão morrendo?, disse Zahra, expressando a insatisfação da população. Além da manutenção de um governo autoritário, a pobreza, um dos principais motivos da revolta, continua fustigando principalmente a juventude egípcia.

Sabendo que a intenção dos militares é se perpetuar no poder, o povo egípcio exige um governo civil e a convocação de eleições.

Fonte: SindmetalSJC

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