Os petroleiros que estão em São José dos Campos para os debates e resoluções do 8º Congresso Nacional da FNP iniciaram a manhã desta sexta-feira, 15 de agosto, com um ato na porta da Revap, que durou cerca de 2 horas ? envolvendo parte dos trabalhadores terceirizados e diretos da refinaria.
No total, cerca de 200 petroleiros de todo o país desembarcaram no Vale do Paraíba para o congresso que acontece até o próximo domingo. Durante o ato, dirigentes dos sindicatos que formam a FNP e das oposições aos sindicatos dirigidos pela federação governista fizeram intervenções com a intenção de apresentar os principais objetivos do congresso.
Em pauta, muito mais do que apenas as discussões econômicas em torno da pauta reivindicatória da categoria, estão temas estratégicos como a defesa do caráter público da Petrobrás, com o fim dos leilões e a defesa do resgate do monopólio estatal do petróleo. Além disso, ponto comum das falas feitas no ato foi o repúdio à crescente terceirização, responsável pela precarização das condições de trabalho de milhares de empregados e funcionários.
As perseguições, demissões políticas e casos sucessivos de assédio moral, cometidos pelos chefes em diversas unidades, também foram lembradas por serem, infelizmente, um fato comum em todas as bases ali representadas.
Para conquistar avanços na próxima campanha reivindicatória, os dirigentes presentes ressaltaram a importância da unidade da categoria em nível nacional para conquistar suas reivindicações. Neste sentido, a aliança entre ativa, aposentados e pensionistas novamente se faz imperiosa para combater a política de divisão imposta pela Petrobrás com a contribuição dos governistas.
Por fim, como ?novidade? neste ano, foi colocada como tarefa deste congresso armar a categoria petroleira contra a crescente criminalização das lutas e greves realizadas em todo o país. Durante a greve contra o leilão de Libra, os petroleiros sentiram na pele a truculência do Estado através da Força Nacional. Neste ano, metroviários, garis, rodoviários e manifestantes de todo o Brasil vêm sofrendo uma profunda perseguição, com o cerceamento do direito de greve e manifestação.
Por isso, um dos temas que certamente estarão presentes nos debates será a necessidade de defesa e resistência dos petroleiros para enfrentar não apenas a intransigência da empresa, mas também do Governo Federal e da Justiça.
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