A Petrobrás encaminhou para os Sindicatos que compõe a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) uma proposta antecipada do reajuste salarial da categoria (clique aqui), correspondente ao IPCA acumulado do período entre setembro de 2013 e agosto de 2014, a ser apurado. Segundo a companhia, o reajuste incidirá na RMNR, auxílio almoço, gratificação de Campo Terrestre de Produção, adicional do Estado do Amazonas e tabelas de participação na AMS (contribuição Grande-Risco e Benefício Farmácia).
?O indicativo da FNP é de rejeitar essa proposta, mas a decisão caberá à categoria, que deverá decidir em assembleias que serão realizadas nas bases abrangidas pela Federação.
Caso a categoria aceite a proposta, o reajuste será retroativo a 1° de setembro de 2014. A antecipação será paga dia 25 de setembro de 2014, mediante a assinatura do Termo de Compromisso até o dia 11 de setembro. A proposta não influencia na negociação do Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2013, em curso.
Como em anos anteriores, a companhia e a FUP tentam pressionar a categoria para fechar cedo o acordo coletivo, numa manobra para tentar enfraquecer a campanha reivindicatória e apressar a reeleição da Dilma.
A proposta não condiz com o que a categoria necessita. Queremos aumento real nos salários, pois já se vão longos 17 anos sem que haja esse reajuste. Só nesse período a empresa descobriu o pré-sal, conquistou temporariamente autossuficiência no petróleo e leiloou o Campo de Libra.
A empresa continua com a política de sucateamento das unidades, desinvestimentos, privatização velada e desvalorização da categoria, sem contar a absurda economia que o Procop vem promovendo nas unidades, reduzindo itens alimentares, tirando o café dos turnos e exigindo jornadas de trabalho extenuantes aos funcionários, pois falta efetivo.