Barrar a privatização do petróleo: um desafio coletivo!

Não ao leilão de petróleo!

As mudanças que queremos ver florescer acontecerão nas ruas. Essa certeza sempre moveu a direção do Sindipetro-RJ que aposta na mobilização popular como meio de arrancar conquistas para os petroleiros e para o povo brasileiro. No segundo turno das eleições gerais, lutamos contra a eleição de Aécio Neves que representaria o retorno da concepção privatista do PSDB e de sucateamento da Petrobrás. Ao defender o voto na Dilma nos posicionamos contra o retrocesso, mas mantemos a postura independente de nossa entidade frente ao Governo Federal e a direção da Petrobrás.

Iremos pressionar por avanços e não teremos receio algum em denunciar qualquer equívoco, como fizemos ao organizar as grandes manifestações contra os leilões do petróleo, em especial do pré-sal de Libra. Nesse sentido, esse é o momento de fortalecermos a organização da campanha ?O Petróleo Tem que Ser Nosso? para impedir qualquer tentativa de privatizar nossos recursos naturais, em especial, o petróleo.

Para reorganizar a mobilização popular em defesa do nosso ouro negro, a diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro planeja a retomada da campanha ?O Petróleo Tem que Ser Nosso? a partir de duas atividades.  Primeiro, no dia 17 de novembro, segunda-feira, acontecerá um seminário interno da direção do Sindipetro-RJ e dos petroleiros da base do Rio para pensar o movimento contra a privatização do petróleo. A ideia é a partir daí elaborar uma proposta de intervenção dos petroleiros para essa luta e de aplicação dos recursos do desconto assistencial aprovado pela categoria.

Já no dia 24, também numa segunda-feira, faremos uma plenária ampliada da campanha ?O Petróleo Tem que Ser Nosso? para construir juntos com representantes do movimento popular, estudantil, sindical, partidos políticos e outras entidades uma articulação forte o suficiente para avançarmos rumo ao cancelamento de todos os leilões de petróleo e gás e caminharmos na direção da Petrobrás 100% pública e estatal.

Os desafios que estão colocados são enormes. O Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, declarou em setembro, durante a abertura da feira Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro, que a 13ª rodada de leilão de petróleo deverá ocorrer no primeiro semestre de 2015. O movimento terá que ampliar, desde já, sua capacidade de mobilização para impedir mais essa privatização de nossos preciosos recursos naturais. Na luta ambiental e social contra o fracking, tivemos uma vitória com a liminar judicial que suspendeu os efeitos do leilão na Bacia do Paraná. Mas ainda precisamos banir do Brasil (e do mundo) esse método de exploração de petróleo e gás por fracionamento hidráulico que ameaça gravemente nosso lençol freático, as comunidades das proximidades e o meio ambiente de uma forma geral.

Outras batalhas estão em nosso horizonte, como a necessária mudança de matriz energética. Avançar na superação dos combustíveis fósseis é urgente, com a transformação gradativa da Petrobrás de uma petroleira para uma empresa de energias limpas. Uma eleição está longe de resolver essas questões. Mais do que nunca, precisamos dos trabalhadores conscientes e mobilizados para garantir vitórias efetivas no sentido da construção de uma sociedade justa e fraterna. Afinal, só a luta muda a vida!

Fonte: Boletim Surgente nº 1293, do Sindipetro-RJ.

Foto: Samuel Tosta/Agência Petroleira de Notícias.

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