Outro acidente grave aconteceu na sonda SPT 57 no dia 29 de outubro. O elevador que movimenta o tubo para colocar dentro do poço se abriu e o tubo caiu de raspão na cabeça do trabalhador, petroleiro terceirizado, do contrato com a Estre.
Por pouco esse acidente seria fatal. Inclusive é nesse procedimento onde mais acontecem acidentes na atividade de sondagem. Na maioria, o trabalhador tem a mão esmagada quando movimenta o tubo para alinhar dentro do poço. Muitas vezes acontecem no final da jornada de trabalho, que é de sobreaviso, turno de 12 horas.
O lucro pela vida
Nos últimos anos os índices de acidentes com trabalhadores ocorridos na Petrobrás só aumentou. A política de segurança adotada pelas empresas e suas gatas terceirizadas se baseia na produção ao máximo e investimento ao mínimo.
Portanto, os acidentes, as doenças, as mortes não são fatalidades do acaso. Com o avançar do capitalismo, os índices de acidentes de trabalho só cresce em todo o planeta. A cada 15 segundos um trabalhador no mundo morre em razão de acidente ou doença do trabalho.
No caso da Petrobrás, o aumento da terceirização, procedimentos como o Programa de Otimização de Custos (Procop) e o Mobiliza mostram que a empresa reduz investimentos em segurança, para priorizar o grande lucro dos acionistas privados.
O Sindipetro AL/SE tem feito constantes alertas e cobranças para que as empresas aumentem os investimentos em manutenção, realizem contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho, não imponham metas de produção que coloquem em xeque a segurança dos trabalhadores. Porém, essa situação só é possível mudar com a luta dos trabalhadores, unidos contra a terceirização, as privatizações e a exploração, que sustenta a política cruel do lucro.
Fonte: Sindipetro-AL/SE – 6/11/14.