Representações nacionais no Parlamento do Mercosul aprovaram declaração em que reconhecem como legítima a reivindicação argentina pelo controle das ilhas e criticam presença militar do Reino Unido
Reunido em montevidéu, no Uruguai, o Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou ontem declaração de ?firme respaldo? aos ?legítimos direitos? da Argentina na disputa com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, além dos espaços marítimos circundantes.
Em sessão extraordinária dedicada unicamente ao tema, com a presença dos ministros de Relações Exteriores da Argentina e do Uruguai, o Parlamento ressaltou o interesse dos países da região por uma solução pacífica e definitiva.
A declaração aprovada também considera necessário cumprir os objetivos propostos pela Resolução 41/2011 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que considera as ilhas Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul e manifesta oposição à presença militar do Reino Unido na região.
O Parlasul manifestou ainda repúdio a operações não autorizadas pelo governo argentino de exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental daquela região. Em pronunciamento, o chanceler argentino, Héctor Timernan, criticou a decisão do governo do Reino Unido de promover licitações para a contratação de empresas que poderão explorar petróleo na região. Ele condenou a militarização das ilhas pelo governo britânico.
? O imperialismo segue com novas roupas, mas com a mesma essência ? disse.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) lamentou que o tema das Malvinas não seja ainda muito discutido no Brasil. Em discurso de despedida do Parlasul, Dr. Rosinha, que já presidiu a instituição, pediu que os países do bloco promovam eleições diretas para escolher os representantes no órgão. Atualmente, só o Paraguai tem eleições diretas específicas para o Parlamento regional.
Outros dois parlamentares brasileiros deixam o Parlasul: Júlio Campos (DEM-MT) e Newton Lima (PT-SP), que não se reelegeram deputados federais em outubro.
Fonte: Jornal do Senado.