Reunião FUP e FNP: é preciso avançar na construção unitária da mobilização!

Aconteceu nesta terça-feira (2/3) a reunião entre as federações petroleiras, com o intuito de alinhar a organização da greve nacional que está sendo construída. Esta primeira conversa sem dúvida foi um passo importante, ainda que insuficiente para atender às necessidades urgentes da categoria.

Foram pautados os inúmeros problemas que enfrentamos e o grande ataque da privatização das refinarias e inúmeros outros ativos, em meio a troca de comando da presidência da Petrobrás e alta dos preços dos combustíveis, que trouxe a questão do PPI para a grande mídia.

Para a FNP, é importante e urgente um movimento concreto para a organização unificada de nossa mobilização. Apesar de todas as diferenças estratégicas, há condições para atuarmos conjuntamente com uma pauta, mesa única, calendário, tratativas conjuntas com a EOR nacional para tratar da pandemia, encontros locais e nacional, comando unificado local e nacional, caravana por todas as bases com dirigentes de ambas as federações etc. 

Tais instrumentos foram, ao menos inicialmente, descartados pela FUP e propuseram a continuidade da conversa nos próximos dias. 

Os dirigentes da FNP reafirmaram o entendimento de que não devemos depositar nenhuma confiança no novo presidente da companhia e que a gestão dos militares não pode ser entendida como indicativo de mudança na política de privatização ou do PPI, mas, de qualquer forma, representa um elemento de instabilidade no governo e que devemos ainda mais reunir forças para frear estas inciativas.

Por outro lado, os dirigentes da FUP se posicionaram favoráveis a um manifesto conjunto sobre a questão da privatização, do PPI, a campanha Fora Bolsonaro/Mourão e temas correlatos, o que é positivo.

Sobre a construção unitária da greve, a FNP colocou ainda que é importante que os encaminhamentos para avançar ou recuar em qualquer momento da mobilização sejam aplicados conjuntamente e que, no caso de discordância, que as assembleias de base estejam no controle da mobilização, cabendo a este comando convocar unitariamente as assembleias e com direito a defesa das posições em todas as bases, que estas comecem e terminem sob o mesmo calendário.

Essa sem dúvida é a melhor forma para dar mais firmeza à nossa luta, transmitir a segurança imprescindível que os trabalhadores devem ter para o enfrentamento.

Ainda que a FUP não tenha aceito a constituição imediata de um Comando Unificado e que as mobilizações tenham se iniciado descoordenadamente, nossa opinião é que é possível e que devemos avançar para as medidas propostas e por isso achamos importante a continuidade dos entendimentos entre as federações, na expectativa de que se desenvolvam comandos unitários locais, pela base, além do comando nacional unificado.

Assim como o fato de se estarem construindo pautas locais e específicas não impede a construção de uma pauta comum. 

A FNP reafirmou ainda que a importância de que as negociações – com a empresa, governo, judiciário etc – sejam feitas também em conjunto. 

Reafirmamos nossa disposição para a continuidade destes entendimentos e no rápido avanço para as necessárias medidas e instrumentos que apresentamos, mas que neste primeiro momento não houve acordo por parte da outra federação.

A FNP vem, desde a semana passada, realizando setoriais, assembleias e mobilizações  discutindo com a categoria a necessidade e urgência da greve e construindo suas pautas. Alguns sindicatos já estão com assembleias previstas para o início da semana e também realizando ações de comunicação junto à população, com venda de gás de cozinha e gasolina subsidiada.

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