Um trabalhador terceirizado da Revap (Refinaria Henrique Lage), da NM Engenharia, é o primeiro caso confirmado de COVID-19 na refinaria. O Sindipetro obteve informações de que ele está internado e em estado grave.
A informação é importante porque alerta para a circulação do vírus dentro dos portões da empresa, o que coloca em risco todos os petroleiros e petroleiras e suas famílias, além de todo pessoal terceirizado.
Já se sabe que outros dois trabalhadores que tiveram contato com ele só foram afastados porque começaram a apresentar sintomas. Mas, muitos outros, que ainda estão assintomáticos, continuam trabalhando. O que é absurdo e contraria todas as recomendações das autoridades de saúde que preconizam o isolamento para todos que tiveram contato com casos confirmados, para evitar a proliferação da doença.
Há ainda relatos de que a NM Engenharia não tem sido transparente com os trabalhadores e, de maneira irresponsável, tem omitido informações sobre os casos, deixando todos assustados e com medo.
Afinal, por repetidas vezes as autoridades de saúde já alertaram sobre a alta velocidade de transmissão do vírus. Uma pessoa doente e duas suspeitas já apresentando sintomas é um alerta considerável para que a empresa passe a adotar medidas mais extremas e imediatas para evitar que o número de casos se multiplique rapidamente na refinaria.
Por isso, o Sindipetro-SJC reitera a urgente necessidade de a Revap garantir todas as condições de segurança e saúde para proteger os seus trabalhadores, com a adoção de medidas como fornecimento de EPIs (máscaras,luvas e álcool gel) para todos os setores, inclusive para os terceirizados, afastamento imediato de todas as pessoas que estão no grupo de risco, direito à quarentena e redução de jornada, sem corte de salários.
Também é necessário que a Petrobrás não só aplique as medidas, mas também exija que sejam seguidas também por suas empresas terceirizadas.
Desde o início da pandemia, o Sindicato tem alertado para o risco que os trabalhadores estão correndo e para os obstáculos que a empresa vem colocando para não afastar trabalhadores do grupo de risco, principalmente dos turnos de revezamento.
“O Sindicato vai tomar todas as providências e também denunciar a postura negligente da NM Engenharia ao MPT (Ministério Público do Trabalho). É direito de todos um ambiente de trabalho saudável e seguro. Na atual crise, com estoques em alta e sem nenhum risco de desabastecimento, é imprescindível que a vida dos trabalhadores seja a prioridade absoluta”, disse a vice-presidente do Sindipetro-SJC, Cidiana Masini.
Fonte: Sindipetro-SJC