Sangria na Petrobrás

A bola da vez foi a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul, no Paraná. Venda concluída por US$ 41,6 milhões (aproximadamente R$ 210 milhões).

O valor é pouco superior ao lucro registrado pela SIX no último ano (cerca de R$ 200 milhões). O preço de venda é menos da metade do que a SIX desembolsou (R$ 540 milhões), no acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para sanar as dívidas relativas ao não recolhimento de royalties sobre as atividades de lavra do xisto durante o período entre 2002 e 2012.

A grande beneficiada pela venda foi a empresa canadense Forbes Resources Brazil Holding S.A, ligada ao grupo Forbes & Manhattan (F&M).

Como se não bastasse mais essa privatização, o governo bolsonarista correu para incluir a Petrosix na mesma venda.

Petrosix é a tecnologia desenvolvida e patenteada pela estatal brasileira para extrair óleo combustível das rochas de folhelho betuminoso, também chamado de xisto betuminoso.

Para Adaedson Costa, secretário geral da FNP,  essa é mais uma venda feita a preço vil, em detrimento da nação. “Essas vendas favorecem alguns empresários e, obviamente, deve ter favorecido os autores dela”, disse.

Segundo Adaedson, “a preservação do patrimônio nacional e a industrialização do país, com as commodities de petróleo, para um futuro processo de transição do país para energia limpa e renovável, são um dos objetivos dos petroleiros no próximo governo”, conclui.

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