O Sindipetro-SJC foi surpreendido nesta terça-feira (5) com a informação de que a rede Policlin não está mais atendendo a AMS.
Assim que soube, o Sindicato encaminhou ofício à Petrobrás questionando os motivos do descredenciamento e aguarda retorno.
Há tempos que os sindicatos estão recebendo denúncias de que vários profissionais estão deixando de atender ao plano, em várias cidades do país.
A alteração na rede conveniada não teve nenhum aviso prévio por parte da empresa, o que demonstra o total desrespeito aos petroleiros e petroleiras e suas famílias.
Sucateamento
A notícia do descredenciamento do grupo Policlin ocorre justamente na semana da alteração do custeio do plano para o pequeno risco, que passou de 70% x 30% para 60% x 40%. Em janeiro de 2022 o custeio ficará em 50% x 50%.
Uma projeção encomendada pela FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) para o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS), e assinada pelo economista e doutor em Ciência Política, Eric Gil Dantas, revelou que, dependendo da faixa salarial e da idade, em dois anos, o aumento da AMS pode chegar a 1094% e o menor aumento seria de 45%, com uma média de 261%, na tabela de grande risco.
Com tudo isso, já não é segredo pra ninguém que a AMS está sendo preparada para a privatização. A intenção já demonstrada pela Petrobrás é criar uma associação de natureza privada para gerir o plano.
“O que temos visto é um projeto de desmonte no plano de saúde dos petroleiros, que fica ainda mais grave quando lembramos que estamos em uma pandemia. É hora de aumentar a luta contra o sucateamento, em defesa da AMS”, disse o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.
Fonte: Sindipetro-SJC