O Sindipetro-SJC recorreu à Justiça, na última sexta-feira (26), para reivindicar que a Petrobrás forneça máscaras mais seguras para a força de trabalho, como a N95/PFF2, para aumentar a proteção contra a COVID-19.
Até agora, a empresa só forneceu máscaras simples, de tecido, que estão fora das especificações recomendadas por especialistas para uso em ambientes fechados, como o da refinaria.
Antes de recorrer à Justiça, o Sindicato encaminhou o pedido administrativamente e discutiu o assunto em várias reuniões com o RH da refinaria. No entanto, em todas as vezes a empresa se manteve irredutível e se negou a fornecer as máscaras N95/PFF2. Se recusou até mesmo a fornecer máscaras de tecido mais eficientes, com tripla proteção.
A reivindicação do Sindicato não é absurda e está pautada na ciência: um estudo feito por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, publicado na revista científica "Science", em setembro, comparou a eficiência de 14 tipos de máscara e decretou: a N95/PFF2 é, disparada, a que fornece a maior proteção.
O estudo indica o uso esse modelo não para todos, mas para aqueles que não podem evitar lugares fechados, mal ventilados e com aglomeração. Como passageiros e trabalhadores do transporte público ou trabalhadores de fábricas, por exemplo. Ou seja, características que descrevem também o ambiente de trabalho da refinaria.
Além disso, desde junho do ano passado, também é indicação da OMS o uso de máscaras com tripla proteção, para aumentar a segurança e diminuir o contágio da COVID-19.
Considerando o atual cenário, que se agravou muito com a chegada de novas variantes, cada vez mais agressivas e com grande capacidade de disseminação, aliado ao colapso na saúde, com falta de leitos, oxigênio e insumos básicos para atendimento dos pacientes, é urgente a tomada de medidas que aumentem a segurança e proteção daqueles que desempenham trabalhos essenciais e que, por isso, não podem parar nem mesmo durante a pior fase da pandemia. Grupo do qual os petroleiros também fazem parte.
“A defesa da saúde e da vida deve sempre ser a prioridade. Principalmente em um cenário de emergência sanitária sem precedentes, como o que estamos vivendo. Então, o mínimo que exigimos são condições de trabalho com a máxima segurança possível. Por isso, o fornecimento de máscaras mais seguras e em quantidade suficiente para todos, é pauta urgente e necessária”, disse o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.
Fonte: Sindipetro-SJC