Em apoio aos trabalhadores dos Correios, várias entidades da sociedade civil e sindicatos estão se mobilizando, em um grande cordão de solidariedade, para doar cestas básicas para os grevistas. O Sindipetro-SJC também aderiu à campanha e fez sua doação.
Isso é necessário porque muitos trabalhadores estão recebendo holerites zerados ou com menos de R$ 500 após terem protagonizado uma forte greve, que durou 35 dias, em defesa dos direitos do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e contra a privatização. Situação que deixou muitos sem ter como colocar comida na mesa da família.
Mesmo após muita luta, os trabalhadores dos Correios voltaram ao trabalho, no dia 22 de setembro, com uma derrota: após mediação, o TST retirou 50 cláusulas do ACT.
Uma perda gigantesca, já que, como benefícios históricos da categoria, essas cláusulas funcionavam como complemento de renda para a grande maioria dos trabalhadores, que tem média salarial de menos de dois salários mínimos.
Se não bastasse o fato de as cláusulas econômicas retiradas do ACT impactar negativamente os rendimentos, os dias de greve também foram descontados, além de não terem recebido o ticket alimentação do período.
“A luta dos trabalhadores dos Correios foi em defesa dos direitos, mas também foi uma luta contra a privatização, que é de todos nós. Afinal, a retirada de 50 cláusulas do ACT nada mais foi que a pavimentação do caminho para a privatização dos Correios que, assim como a Petrobrás, também está na mira do governo Bolsonaro. Por isso, a luta travada pelos trabalhadores dos Correios têm todo nosso respeito e nosso apoio”, disse o presidente do Sindipetro-SJC Rafael Prado.
Fonte: Sindipetro-SJC